Para além do jargão “família é a base de tudo”, apesar de verdadeiro, repeti-lo aqui não ajudará em nada a fazer você compreender sobre a necessidade der “ser família”, mas talvez isso ajude: em 17 de março de 2018, quando anunciei meu afastamento da executiva estadual do PSL/RN, me foi dada a palavra, e ao subir ao púlpito chamei meus pais para o meu lado. Fiz algo totalmente incomum, mas o fiz com um objetivo e com o seguinte discurso:
“muitos falam em valorizar a família, muitos falam que devemos colocar nossa família em primeiro lugar, mas quando chegamos em casa destratamos nossos pais, filhos, esposas e esposos. Chamei meus pais aqui em cima, pois acredito que o exemplo vale mais que mil palavras”.
Bem! O jargão final foi batido, mas o efeito eu havia causado: todos os presentes se emocionaram com o que haviam visto. Mas quero chamar a atenção para algumas características do “ser família”:
- seja leal: lealdade talvez seja um complemento do que falei sobre ética, mantenha seus compromissos. Resista a qualquer tentação de não honrar com o que você se comprometeu;
- seja fiel: lealdade, na minha ótica, se refere a compromissos e coisas, fidelidade a pessoas e ideias. Seja fiel, sempre, a quem confiou em você;
- proteção: tradicionalmente, a família ela é complementar: o homem protege sua mulher, a mulher protege os filhos. Essa ideia, apesar de combatida, é o núcleo dos bons relacionamentos, seja parental ou não: por qual motivo estarei perto de uma pessoa que não me protege, que, ao invés de me defender, fala mal de mim pelas costas?
Lembre-se: este não é um manual para você selecionar com quem você anda, mas, sim, como você deve se comportar para atingir o sucesso, seja este o que você entender por sucesso.
(MARKETING DE MATILHA, Siqueira, Jaufran, 2019, p. 40)